Prezados Accionistas, Clientes, Colaboradores e demais Parceiros do Banco Sol, Encerrámos o exercício de 2022 com um Lucro Líquido superior a 16 000 milhões de Kwanzas, mais do que o dobro do que o que conseguimos no exercício anterior. Sem falsa modéstia, queremos referir que se tivéssemos sido capazes de manejar de uma forma mais eficaz o conjunto de ferramentas de que fomos dispondo, mais rigorosos nas nossas decisões, no cumprimento dos prazos e de uma maneira geral na aplicação da legislação a que estamos sujeitos, teríamos conseguido resultados quiçá superiores. Na mensagem que vos dirigimos por ocasião do encerramento das Contas do 1º Semestre do ano a que estamos a aludir, declarámos que termináramos o ano de 2021, com mais optimismo do que sentíamos naquela altura, face a fraca atractividade e robustez que os principais indicadores do Banco estavam a apresentar. O ano de 2022, que se iniciou com uma profunda e robusta expectativa de recuperação económica, terminou com o PIB global a crescer apenas 3,2%, um abrandamento significativo quando comparado aos 5% do início do ano, desaceleração o levará apenas para os 2,6%, segundo a OCDE, no decurso deste ano. Os Bancos Centrais, entre eles o Banco Nacional de Angola, engajaram-se em acções de mitigação das taxas de juros, que ainda assim não impediram que o impacto negativo da guerra entre a Rússia e a Ucrânia se fizesse sentir profundamente na Economia Mundial, através da inflação e da escassez de matérias-primas de base. De acordo com a projecção mais recente do FMI, o crescimento do PIB de Angola, em 2022, foi de 2,8%, devido fundamentalmente ao sector petrolífero. Por outros palavras, a mui desejada diversificação da nossa Economia ainda não se fez sentir de forma acentuada na vida dos cidadãos, pelo que é mister dizer-se que o seu aprofundamento continua a ser premente, para que o país finalmente inicie a tão esperada era de previsão e execução orçamental, por via do Orçamento Geral do Estado, OGE e consolidação das contas duma maneira mais pragmática e previsível. Para reduzir o sofrimento já elevado, o Executivo Angolano adoptou políticas macro, como o controle dos preços da cesta básica, a entrega regular de fundos às populações mais necessitadas, o incentivo e promoção de pequenos negócios e negócios familiares e outras. No ano a que nos referimos, assistimos ao fenómeno de desinflação da Economia, a uma ligeira baixa de taxa de desemprego, que ainda assim situou-se muito próximo dos 30%, à oferta regular de divisas, que contribuiu para a apreciação do Kwanza, factores esses que associados a outros, fizeram com que alguns dos principais indicadores do Banco Sol se apresentassem relativamente vistosos, como sejam: - O Activo Total Líquido cresceu em 10%, crescimento percentual semelhante ao que teve o Passivo Total (em 2021 fora de 13%), para cerca de 828 752 milhões de Kwanzas; - Os Recursos de Clientes e os Capitais Próprios cresceram em 10% e 13%, respectivamente; - A Carteira de Crédito teve um crescimento de 15% para 246 897 milhões de Kwanzas, para além do Resultado Líquido citado mo início desta mensagem e outros, que são fáceis de localizar no nosso Relatório de Gestão. No ano em curso, prosseguiremos a implementação do Plano Estratégico com a mesma determinação, face aos bons resultados que temos conseguido, Plano esse que por ser abrangente, tem-nos permitido melhorar os níveis de conhecimentos dos nossos Colaboradores, digitalizar gradualmente a instituição, mitigar significativamente os efeitos nefastos dos ataques cibernéticos, proteger em muitas vertentes os recursos que os senhores Accionistas têm posto à nossa disposição, melhorar a qualidade dos gastos, etc., ou seja, as nossas atenções continuarão centradas na melhoria do desempenho e incremento da robustez da nossa instituição. O nosso profundo agradecimento a todos os nossos parceiros, em particular aos nossos Colaboradores, Clientes e Accionistas do Banco Sol.
Rosário Simão Jacinto
Presidente do Conselho da Administração